quinta-feira, 4 de abril de 2013


     Pessoal, acessem o link, trata-se de um vídeo superinteressante, um documentário sobre desigualdade social. 
          



                              Documentário: Pro Dia Nascer Feliz - completo







segunda-feira, 1 de abril de 2013

Vídeo









                                           Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=h-AicudGB4k

Introdução à psicologia escolar



     Bourdieu apresenta em seu artigo, uma visão geral descritiva dos aspectos mais notáveis, às instituições educacionais, além disso, identifica e critica suas contribuições a esta área de conhecimento. Assim, a força da obra de Bourdieu é o exame de relação entre o sistema de ensino superior e a estrutura de classes sociais. Segundo ele, a educação serve para manter a desigualdade social, mais do que para reduzi - lá.
O sistema de educação superior, segundo Bordieu, cumpre as funções de transmitir privilégios, distribuir status e instalar respeito pela ordem social vigente, as instituições educacionais, na realidade, desempenham uma função social mais profunda, mais obscura: contribuem para a reprodução da estrutura de classes sociais, reforçando a divisão cultural e de status entre classes.
        O sociólogo, detém-se na maneira como as condições estruturais do ensino abrangem interesses e ideologias de classes, reproduzem a distribuição desigual do capital cultural e na análise,e o próprio sistema educacional promove níveis desiguais de desempenho e de realização acadêmica. Dessa forma, em sua obra Bourdieu, possui três temas recorrentes. Primeiro verifica que o desempenho escolar das crianças tem uma relação mais evidente com a história educacional dos pais do que com seu nível ocupacional. O segundo, a educação escolar resulta numa diferença e o terceiro, Bordieu enfatiza a seleção através da auto-seleção.
Porém, Bourdieu encara a transmissão educacional como veículo de desigualdades de status, ele procura nos aspectos estruturais do currículo, do ensino, e da avaliação explicação para este padrão.
Os clássicos exames oral e escrito costumam medir a capacidade de expressão lingüística tanto quanto o domínio da matéria.
    A análise que Bourdieu sobre os resultados de um teste de linguagem aplicado a universitários, ilustra seu segundo tema como o sistema educacional que retraduz o grau inicial de oportunidade educacional e a quantidade de capital cultural em traços acadêmicos.
    Os estudantes de nível social mais alto e a maioria dos estudantes universitários obtém escores altos em todos os tipos de questãos relativas a vocabulário, desde que pedem a definição de conceitos escolares até as que possuem um background cultural mais geral.
    Os poucos estudantes pertencentes as classes mais baixas possuem escores mais baixos em questões que requeiram cultura geral , pois não possuem os antecedentes culturais de seus colegas de classe média alta.
     A grande maioria dos estudantes de classe média obtém os escores mais baixos pois representa o grupo menos selecionados e vêm de uma classe na qual os investimentos de peso na atividade cultural começaram a pouco tempo.
     Bourdieu aborda que os padrões macroscópicos de desigualdade entre as classes sociais e de distribuição desigual do capital estão ligados a processos microscópicos de natureza metodológica, avaliativa e curricular.
      O terceiro tema referente na obra de Bourdieu referente ao sistema educacional como relativamente autônomo ao caráter de suas relações com as estruturas externas; significando que pode haver uma falta significativa  entre o sistema educacional de elite e as demandas do mercado de trabalho.
     Bourdieu ressalta que o sistema educacional consegue uma certa autonomia em relação ás estruturas externas através de sua capacidade auto-reprodutiva e seu interesse assumido em proteger o valor do capital cultural escolar.
      Bourdieu examina as mudanças nas padrões dos três tipos de capital: econômico (dinheiro e prosperidades), social (rede de contatos sociais), cultural (diplomas escolares e cultura informal), mostrando três diferentes tipos de estratégias das classes sociais na educação.
      A primeira estratégia pertence a classe média desde a segunda guerra mundial e o que têm obtido ganhos econômicos e não é de se surpreender que esses grupos estejam exigindo que os currículos e o ensino sejam profissionalizantes; a segunda estratégia foi adotada pela elite intelectual que inverte na educação e já possui uma capital cultural considerável; a terceira foi formada por uma parcela da classe alta com o fim de manter suas posições de poder e privilégio; essas estratégias levam a crer que os grupos que empregam esta estratégia apoiaram a expansão das oportunidades educacionais e estabelecer vínculos entre o ensino e mundo dos negócios.
     Bourdieu é um  teórico e suas obras foram inspiradas em pesquisas na área da educação, e ele afirma que sua abstração metodológica é considerando a como sistema de comunicação entre as classes sociais e diz que a cultura media as relações entre as classes sociais e que o ensino é a esfera onde a mediação ocorre.
     Bourdieu articula suas estratégias considerando a condição das classes sociais como uma estratificação social, seu modelo seria caracterizado como uma competição entre grupos de status não torna num conflito entre classes sociais , também descreve o comportamento tanto individual quanto grupal como governado pela racionalidade do investimento calculado , esse pressuposto é válido para a classe média e alta que tem a capital para investir mostrando que o modelo de Bourdieu se limita a grupos sociais de classe baixa pois não possuem um capital razoável nem se reproduzem através de uma estratégia de investimento.
     A teoria de Bourdieu possui uma perspectiva de reprodução estrutural excluindo a consideração da contradição como gerador de ação humana e transformador social e essa teoria possui insights que requerem discussões e pesquisas tendo como obra representativa uma tentativa de desbravar áreas exploradas pela sociologia da educação.
Sabemos que a expansão da rede de atendimento educacional ao pré-escolar –quer ele assuma a forma de creches de cuidados diários ,especializadas na faixa pré-escolar ou de programas pré-escolares de emergência que visa especialmente ao atendimento das crianças das classes oprimidas ,sem possibilidades econômicas de se beneficiarem da rede particular de atendimento ao pré-escolar ,sem poderem contar com um atendimento familiar adequado ás suas necessidades  .Até o momento por unidades educativas propiciem um ambiente sadio, promotor de desenvolvimento físico, intelectual e afetivo –emocional que ajude a  que a fundar os alicerces.
Entre as medidas governamentais tomadas recentemente ,neste setor ,são programas que, além de se voltarem para algum tipo de suprimento de necessidades alimentares. Temos  aí um primeiro problema grave ,que merece análise mais detida :programas públicos de atendimento ao pré-escolar têm definido como objetivo a ser atingido o desenvolvimento dos comportamentos previstos na escolas de primeiro grau, com deficiências metodológicas e curriculares palpáveis ,de problemas agudos de natureza administrativa e de falta de infra-estrutura material e humana. Conhecemos a distância que separa as disposições  legais e os programas no papel, de um lado, e as atividades que se processam no dia-a-dia das salas de aula; estamos cientes do caráter seletivo deste ensino, impedindo ,por sua própria natureza ,que a chamada criança “marginalizada” seja incentivada a aprender e realmente o faça ,portanto ,tomar os pré-requisitos necessários ao sucesso nesta escola   a ser atingido pela pré-escola como objetivo a ser atingido pela pré-escola significa aceitar que “um mal justifica outro”. A escola alienante se encontra jamais permitirá a consecução destes ideias ,na ideais, na medida em que está voltada única e exclusivamente pra formar a mão-de-obra necessária ao desenvolvimento econômico de uma sociedade urbano-industrial capitalista. A metodologia libertadora de Paulo FREIRE(1970),que visa exatamente aos objetivos de reflexão crítica e de conhecimento do mundo social circundante por  parte do educando a que nos referimos acima. Se  quisermos realmente uma escola para o povo,no sentido que lhe dão Paulo Freire e M.tereza Nidelcoff(1975),precisamos formar pessoal docente e técnico para efetivá-la. Estamos ,agora,diante he do segundo grande problema a ser enfrentado:o da reciclagem do corpo docente em exercício e da formação dos futuros professores,nas escolas destinadas a este fim. A proposta por BLEGER(1971),parece-me especialmente promissora. Esta visão mais ampla e intregada pode ter como resultado o ataque a outro sério problema que traz consequências muito negativas para a população atendida e para a eficiência das medidas tomadas. A intregacão dos vários programas de atendimento nas áreas das aparências,dos platamentos ,secretarias e ministérios. Como diria Malta Campos ,que “se as forcas econômicas e sociais atuam no sentido da deterioração da qualidade de vida de grandes parcelas da população ,não há de ser a pré-escola ou a creche que poderão inverter o sentido e as consequências destaque os termos no qual  processo. A desnuticão,por exemplo,não e um fenômeno isolado.                                        
DA PSICOLOGIA DO “CARENTE” à psicologia do oprimido 
     Começam a tomar corpo as publicações que questionam a validade dos conceitos e dos conhecimentos acumulados sobre as populações “carenciadas”, dos programas de educação compensatória, bem como dos pressupostos filosóficos e políticos em que se baseiam. Para fins didáticos ,subdividiremos estas abordagens críticas nos seguintes temas:1)a analise da adequação do próprio conceito de carências cultural,2)a reflexão critica sobre os pressupostos filosóficos e políticos que alicerçam o movimento educacional em prol da igualdade de oportunidades ,3) a analise das pesquisas de caracterização da população carenciada ,em especial o uso de  testes psicológicos neste empreendimento4)os programas de educação compensatórias e suas consequências”ocultas” e necessárias ao sistema social  no qual se inserem. Depois que os termos “carências”,deficiência” e “privação” cultural se consolidaram na linguagem dos psicológicos ,sociólogos e educadores voltados para o fenômeno do baixo rendimento escolar e profissional das integrantes das classes oprimidas,a sua validade começou a ser questionada e termos alternativos  foram sugeridos ,nem sempre baseados numa percepção solidamente fundamentada do papel que estas classes de população desempenham numa sociedade capitalista. A levantar esta questão foram Mackler e Gidding(1965), que denunciam o juízo de valor implícito nas expressões “carências”e “deficiência”,como se acultura dominante fosse “natural”,”correta”,”universal”,e todas que se afastassem de seus padrões fossem inferiores,primitivas,desprezíveis e deficientes,da cultura da pobreza como um modo de vida e de visão do mundo diferente daquele existente nas classes sociais mais altas . O termo “marginalidade e cultural”,proposto por Poppovic(1972),não foge a esta regra ,conforme analise realizada por cunha(1977),esta obra pesquisa ,dois sentidos igualmente equívocos :a)os padrões culturais da população culturalmente l marginalizada são produzidos pelas suas condições de vida e ,nesse sentido ,diferem e independem dos padrões da classe dominante e b)pelo contrário ,aqueles padrões culturais da população culturalmente marginalizada são resíduos desta cultura,em ambos os casos,diferem e independem dos padrões da classe dominante.Entre as classes sociais ,é o conceito-chave que nos permite compreender os fenômenos culturais numa sociedade de classes. É ela responsável, pela reprodução das relações de produção(exploradores-explorados) na medida em que ,através da imposição de uma de mundo na qual se supõe que o estado de coisas existente é dado ,independe da vontade dos homens ,que existe igualmente de direitos e de oportunidades. As manifestações culturais de qualquer grupo ou classe social  são arbitrarias (no sentido que BOURDIEU e passa a dá a este termo)e a desvalorização de umas concomitantemente á imposição de outras nada mais é que um processo social que garante a expropriação do produto do trabalho do explorado e acumulação do capital pela classe que detém o poder. Não existem populações marginais numa sociedade de classes,a menos que coloquemos aspas nesta marginalidade,na verdade,estas populações,consideradas como “excluídas “,não integradas a ,”mantêm com a sociedade a que pertencem uma relação de partipacação-exclusão.
  Sua aparente marginalidade, quer econômica ,quer cultural,nada mais é ,portanto ,que uma forma de participação do capital e a riqueza dos que os oprimem,Haggard(1974)chama a atenção para as diferenças existentes entre crianças das diferentes classes sociais quanto á motivação para o tipo de tarefa proposta pelos testes ,ao relacionamento com o aplicador e á familiaridade com os materiais ,informações e processos mentais exigi   nos testes; conclui que estes instrumentos estão construídos de forma a favorecer as crianças das classes sociais dominantes,a falta de familiaridade com os materiais ,as situações e o vocabulário e o fracasso das crianças das classes subalternas nos testes de nível mental e de prontidão para a leitura.Num território novo,ainda não desbravado pelos psicólogos ,o que inevitavelmente resulta em insegurança e ansiedade profissional ;pois se elas nos alertam para o que não devemos fazer,sob pena de contribuir para a manutenção da dominação econômica e cultural de uma classe sobre outra,nos deixam ,de inicio ,confusos quanto á maneira de atuar profissionalmente. Enquanto o professor desempenha seu papel de “professor –policial “de uma maneira  mais clara ,o psicólogo ,com seu arsenal de instrumentos de medida ,seus critérios de normalidade e sua falta de conhecimento das características  formação social em que arsenal de instrumentos de medida,seus critérios de  normalidade e sua falta de conhecimento das características da formação social em que atua,desempenha este mesmo papel de maneira mais sutil ,porque escudado numa pretendida neutralidade cientifica.A formação que o psicólogo recebe nos cursos de psicologias contribui ,sem dúvida ,para a sua atuação alienada e alienante junto ás classes subalternas  a formulação de um corpo de conhecimentos sobre a dimensão psicológica dos integrantes destas classes sociais é uma tarefa que está para ser feita,neste sentido ,os trabalhos realizados por FREIRE (1970,1971,19770),BOSI(1972) a respeito dos hábitos de leitura em operárias,Harari e colaboradores (1974) sobre  a representação do psicológico desenvolvido com uma população favelada ,a partir da teoria e técnica psicanalíticas ,Moffat(1974) a respeito da psicoterapia do oprimido e RODRIGUES(1978)sobre a representação do mundo e de si mesmos num grupo de operários de ambos os sexos,todos eles fontes de ricas sugestões teóricas e metodológicas.A entrevista ,tal como a concebem BLEGER(1971) e HARARI(1974)muito diferente dos habituais interrogatórios,geradores de falsas noções e falsas impressões sobre o oprimido,sua visão  de mundo,suas habilidades verbais e intelectuais,seus valores e seu estilo de vida.
   Uma das conclusões a que chegamos no campo da pesquisa da criança oprimida  de que não conhecemos a crianças brasileira em suas características psicossociais e  pedagógicas ;alias ,nem poderíamos ,já que,sobretudo,a estudamos mal.A outra conclusão é de praticamente tudo está por fazer na área da educação ,incluindo o nível pré-escolar ,a crise educacional do Brasil,da qual tanto se fala ,não é uma crise ,é um programa.Num nível técnico –profissional ,como a consecução deste “programa “,alimentando,entre outras ,as crenças de que a educação o educador e o pesquisador ,podem e devem ser politicamente neutros.  



A  FAMÍLIA POBRE E A ESCOLA PÚBLICA
ANOTAÇÕES SOBRE UM DESENCONTRO*    
Segundo estatísticas recentes, cerca de dois terços das crianças brasileiras entre sete  e quatorze anos não estão se beneficiando  da escola. As razões apontadas são muitas e as causas não estão pautadas em uma mera crise da escola pública e sim, de uma incapacidade crônica dessa escola de garantir o direito a educação escolar a todas as crianças e jovens independente de cor sexo e classe social.   
 Dados antigos, registram alto índice de reprovação e evasão na escola primária. Hoje a escola foi significativamente ampliada, essa ampliação não quer dizer que alcançamos o êxodo esperado, pelo contrário, de cada mil crianças que se matricula pela primeira vez, só quarenta e cinco consegue chegar  a oitava série   sem reprovar e só cem terminam o primeiro grau, aos trancos e barrancos. E como causa desse fracasso escolar temos a pobreza como marca excludente do capitalismo nos países do terceiro  mundo.       
VADIOS E ANORMAIS. DEFICIENTES E DIFERENTES.   
Esses quatros conceitos foram atribuídos aos pobres e não-brancos, e suas explicações estão voltadas para as famílias que não tem dinheiro e nem cultura, por isso , acabam destruindo os esforços que são investidos nas crianças no meio escolar.Isto é,se a criança vem de família pobre é ignorante, pois isso é o que fala o determinismo. Tais informações precisam ser comprovadas com dados empíricos , por isso, a literatura registra prática de escavações  de cemitérios destinados ás classes ‘’superiores’’ e” inferiores’’ em busca de números que dessem ao racismo uma função cientifica, (a esse respeito, veja klineberg,1966). Da mesma forma que a nobreza ressentida tentou provar sua superioridade sobre os plebeus – e o” ensaio sobre  a desigualdade das raças humanas’’ publicadas na França  pelo conde de Gobineau em 1854 é exemplo claro desse ressentimento _ os ideólogos da burguesia afirmavam a existência dos que nascem para pensar , que se dedicam ao “trabalho intelectual” e dos que nascem para agir, talhados para o “trabalho braçal”.   
         A  psicologia diferencial_ afirmou, até o inicio dos anos cinquenta do séc.xx, a superioridade intelectual  inata dos brancos  sobre os não-brancos, do civilizado sobre o primitivo, do rico sobre o pobre. Binet, criou uma escola  métrica de inteligência  infantil, “ o movimento psicrométrico”  a pedido de autoridades francesas, para explicar que pessoas ilustres nas varias artes  pertenciam a sucessivas gerações da mesma família. Esse movimento atingiu várias partes do mundo e o Brasil não foi exceção , poucos anos depois seria a vez das elites brasileiras investido de poder científico, eles  designariam os desfavorecidos socialmente como ‘’normais’’ ‘’ajustado’’ e ‘’desajustados’’.
        No Brasil, as raízes dessa concepção sobre ‘’ vencedores’’ e ‘’ perdedores’’ encontram-se nos escritos de intelectuais brasileiros como: SILVIO ROMERO, RAIMUNDO NINA RODRIGUES, OLIVEIRA VIANA, entre outros.  

Produzindo a escola de má qualidade: o lugar do preconceito
A educação para crianças como todas as áreas sociais passam por um processo complicado e confuso de possíveis fracassos escolares, não somente por parte dos alunos, principalmente crianças e dos pais destes, e também tem contribuição significativa dos próprios professores, muitas vezes desmotivados e desvalorizados, que acabam sendo alvo principal de diversos questionamentos nas escolas.
Para a escola publica fundamental, crianças são tomadas como problemáticas e é necessária uma dedicação grande voltada para elas, o que torna todo o processo de ensino mais complicado, pois algumas medidas tomadas pela escola podem de certa forma prejudicar ainda mais as dificuldades e os problemas vividos por tais alunos. Os mais privilegiados financeiramente e afetivamente são logo fixados a um intensivo tratamento com apoio dos pais, através de médicos especialistas em cada tipo de problema, mas isso não implica que somente os mais estruturados financeiramente tenham capacidade de tratar-se, o índice de casos assim é bastante relativo, pois não se pode responsabilizar apenas os professores pelos problemas da escola publica fundamental, uma vez que os professores tenham sofrido a mesma formação dotada de insuficiência e vitimas de desvalorização profissional.
 A produção do fracasso escolar está diretamente ligada não aos serviços de interesses dos cidadãos, até porque o interesse de quem domina e de quem é dominado são bem diferentes, através disso tem-se funcionários, nesse caso, os professores mal pagos e assim se inicia a produção de mais um processo de má qualidade. Ensina-se de modo automático e monótono conteúdos e rituais sem significado para as crianças, gastam-se muito tempo tentando controlar, às vezes com agressões verbais, morais e até físicas  de alunos contra professores e vice-versa, desmotivando assim cada vez mais o interesse de todos os envolvidos, propiciando assim insatisfação e desgaste não somente do aluno e professor, mas também na família, resultando assim na chamada evasão escolar, que na maioria das vezes se trata da expulsão da escola.



A família e a escola: um conforto desigual
Instituições tendem a atribuir que o baixo rendimento na escola e a incapacidade dos alunos estão voltados para a desorganização de suas famílias, a principal demonstração disso acontece nas reuniões produzidas pelo ambiente escolar, é notável a falta de compreensão e de interesse dos pais, muitos nem frequentam as reuniões, mostrando assim a instabilidade de suas relações, desde um simples ato infrator da criança na escola, até qualquer outro que venha a ser prejudicial aos outros, que aos serem detectados, devem imediatamente ser tratados.
Algumas famílias não aceitam situações difíceis e acabam divergindo das opiniões técnicas dos educadores e contribuintes com relação às providencias a serem tomadas para a melhoria dos seus filhos e são capazes de articular uma visão critica das coisas que são feitas pela escola, mas todas tem um denominador em comum que é a valorização da escolaridade e lutam para manter seus filhos na escola.


    Bibliografia

     Patto, Maria Helena Souza( Organizadora)  – Introdução à psicologia escolarSão Paulo, 3ª edição: Casa do Psicólogo, 1997.